quinta-feira, 29 de maio de 2014

Manias


E essa mania de achar que estamos sempre certos? Essa mania de andar sem olhar pros lados ainda ia me levar a um grande tombo. Engraçado como e avida nos exige tanto de uma hora pra outra. Parece que foi ontem mesmo que eu me preocupava com que roupa ir na escola e agora tenho prazos de textos para cumprir e trabalhos enormes para desenvolver. A responsabilidade chega e as desculpas adolescentes saem pelos fundos; os dois não ocupam o mesmo espaço. Pena que ninguém me avisou que seria assim.
Na verdade, as maiores transformações que eu passei não tiveram avisos prévios, apenas chegaram tomando seus lugares e bagunçando tudo. Quando eu já estava me acostumando com uma e pondo tudo no lugar: PÁ, uma rasteira, a vida chegando pra quem mal tinha saído da fase okay-eu-não-me-importo-com-o-que-você-acha-de-mim. Entre tombos e surpresas, sonhos são desfeitos e a realidade é colocada na sua frente. Ela é diferente do que você pensava, não dá pra ignorar um negócio desse tamanho, você não supera isso apenas com um pulinho. 
Aquela frase de Amélie Poulain nunca fez tanto sentido. Sim, são tempos difíceis para sonhadores. Mas isso não significa que temos de desistir só porque alguém disse que não ia dar certo ou porque vimos o tamanho do problema; só que agora nós sabemos que o nosso happy ending não está logo alí, virando a esquina e não existem atalhos. Bom, existem, mas não são para todos.

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