quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A busca



















Sabe, eu sempre tentei me manter firme nos meus sonhos. Crescer e não ser influenciada. Mas eu descobri que tudo pode mudar de direção bruscamente e "feel like home". A gente muda, cresce, muda de opinião e é natural que seus sonhos mudem também, assim como suas necessidades. Não precisamos ficar presos em nós mesmos.
Estou aceitando mais mudanças e não ligando mais pra tanta cobrança; chega uma hora que você aprende a ouvir o que é bom e só escutar o que é resto. Tá tudo aí pra ser pego ou abandonado. 
 Uma coisa minima pode mudar tudo; um piscar de olhos e pum, tudo mudou. Pode ser uma conversa com um amigo ou até mesmo um texto na internet. 
Mas eu gosto disso, dessa bagunça; deixa a gente mais próximo da nossa busca pela luz. A jornada das nossas vidas não vem toda escritinha na nossa cabeça, a gente tem que descobrir; arriscar. Não podemos confiar em tudo que pensamos/achamos, pois quase sempre estamos errados. Por isso devemos olhar lá fora e ver o que se passa pra daí sim tomar decisões. 
Mudei, não sei se pra pior ou pra melhor, mas mudei. 
Fico aqui pensando no que a gente procura a vida toda e cheguei a conclusão que, na verdade, as nossas buscas meio que caem no mesmo lugar; a famosa busca por nós mesmos. Afinal, nenhuma outra busca vale a pena.
"Suas asas são grandes o suficiente."

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Going where the wind blows



















Cansei dessa brincadeira de montanha russa. Cansei de estar bem e de repente estar num túnel escuro novamente. Cansa, cansa muito. Tira a luz da gente.
Desejo que algum dia eu pegue o trem errado e acabe parando num lugar bem longe. Onde talvez eu possa ter meus ataques e não parecer o fim do mundo. Onde todo mundo assuma seus defeitos e não se comportam como um rei com suas coroas de boas maneira e comportamento impecável. 
Quando já se tem uma magoa a um tempo, até esquecemos onde ela está, pra por pra fora. Está ali, já faz parte de você. Por mais que você não queira. Aquela ferida feia bem no meio da testa.
Desisti de fazer entenderem. Que achem o que quiserem. Me usem para se sentirem melhores, mas quero ver onde vão parar com tudo isso. Queria saber quem seriam sem mim. Esse achismo todo, sem resposta pra nada; são um nada. Sentimentalmente falando. 
Fala, fala e fala, mas no final não diz nada; um discurso sem fundo e referencia. Me disseram uma vez que quando não se tem nada pra compartilhar, que fiquei quieto.
Não é fácil continuar caminhando quando que tiram seu caminho de você; tiram as placas de ajuda. Posso seguir qualquer caminho, realmente. Mas não sei onde estou indo, para onde essa estrada me levará.
É isso, estou jogando a toalha antes mesmo de entrar no ringue. Não disputo mais, estou desviando antes mesmo de me derem um soco. Já conheço essa tática de bater e assoprar. Cansei, perdi o folego depois tantas tentativas, não sei onde coloquei a vontade e a esperança. Jogo a toalha, antes mesmo de ser uma disputa.  
Tenho provas de tudo, mas são em formas de cicatrizes. Ninguém vai acreditar em mim, não é mesmo?

"Am I strong enough to walk on water, smart enough to come out of the rain? Or am I a fool going where the wind blows?"  

Manias



















Sabe, eu tenho uma mania muito ruim de esperar que as coisas se resolvam de um dia pro outro, que aconteçam num piscar de olhos. 
Tudo precisa de tempo pra acontecer, se acostumar com tudo e ter força de vontade para muda-las. Decisões, muitas decisões. As coisas só acontecem com aqueles que buscam, que se empenham e que "correm pro abraço"!
Mas você tem que ser paciente. E isso - de ser paciente - é uma coisa que a gente tem que exercitar todo dia.
Basicamente, tudo leva tempo.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Freeeeedom



Eu acho que todo mundo passa por isso, o sentimento de liberdade. Quando você finalmente sai da escola e vai viver conforme suas vontades (ou quase) e com essa nova vida vem o sentimento de que pode fazer qualquer coisa. As vezes isso pode ser assustador.
Liberdade demais assusta; nós precisamos de algumas rédeas de vez em quando.
Pular no vale do desconhecido parece encantador, misterioso e animador! Mas nesse pulo de liberdade se esconde o perigo: o mar lá em baixo. Lembra daquela frase do filme do Homem Aranha? "Com o poder vem grandes responsabilidades"? Eu a transcrevo para "Com a liberdade vem grandes responsabilidades". Você vai ter que aprender a nadar e decidir para aonde ir, se vai ou se fica. Todas as suas decisões, e as consequências delas, cairão sobre você, meu caro. Ninguém pode te ajudar a decidir nada; eles até podem dar opiniões, mas muitas vezes não ajuda em nada ou só pioram a situação, confundindo sua cabeça.
Mas como tudo, a responsabilidade tem seu lado bom.
Acredito que isso de arcar com as consequências sozinho te faz crescer imensamente. Você começa a pensar muito mais com a sua cabeça, se torna mais "único" - sai da bolha de concordo com o meu amigo - e assim, descobre que pode encarar qualquer coisa

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Me, myself and I





















Eu percebi que vivia os meus problemas e como isso era injusto comigo mesma. Me definia através dele, achava que eu era uma pessoa horrível e que eu nunca seria suficientemente boa. 
Mas eu decidi que não vou ser mais assim. 
Comecei a reparar na vida e ver como ela funciona. Vi que existem pessoas horríveis e que nem tudo são flores, realmente. Muitas pessoas são miseráveis, vivem num buraco e querem te arrastar pra ele junto com elas, para que assim tenham a possibilidade de te apontarem o dedo quando questionadas. Mas não vou ser arrastada, not anymore. Vou começar a me definir, fazer as escolhas e andar com meus próprios pés. Ser eu mesma, não os meus problemas. 
Não vou tampar meus ouvidos para os problemas, mas agora irei saber analisá-los de fora, sem achar que eu sou o foco deles. 
Vou levar a vida do meu jeito, no meu ritmo. 
Esqueceram de me avisar que nem sempre tem vencedores e perdedores, mas as vezes não existe solução. Eu não preciso ser perfeita e ser racional toda hora - alias, ninguém é.
“Todos nós cometemos erros, mas Deus nos dá a oportunidade de aprender com eles. Perdoar os outros é a parte fácil do processo. O difícil é perdoar a nós mesmos.”

sábado, 14 de setembro de 2013

Diferenças



















Constrangimento. Passamos por isso algumas vezes na semana...ou no dia. Sabe, antes eu costumava me preocupar demais com o que eu falava, como eu agia. Se eu falasse algo meio errado ficava pensando nisso um bom tempo depois!
Mas daí eu comecei a ter problemas. As outras preocupações começaram a chegar e tomarem seus lugares, daí comecei a ter outras coisas pra pensar, outras coisas pra fazer, outras coisas pra se preocupar! Além dessa bobeira que é de falar besteira pelos cotovelos. Alias, da onde veio essa expressão falar pelos cotovelos? Enfim.
Estou numa fase de aceitação da minha estranheza! :P Estou aceitando que não sei escrever como o Pessoa ou pensar como Aristóteles. Sei lá. Bem, não sei se é aceitação, se é defeito ou se é uma peculiaridade, mas percebi que as diferenças existem e eu sou uma parte dela; porque antes eu meio que via a diferença de longe, que eu não era diferente; que eu era um clichê.
Mas não me cobro toda hora. Não mais, agora eu só sou. Só vivo.
É isso aí, ando vivendo. Já é uma evolução. Ajo do jeito que der na telha, mas claro com bom senso; você entendeu.
Mas assim, eu percebi que eu não ia mudar, e as pessoas não iam me tratar de outra forma se eu não mudasse. "Life begins at the end of out comfort zone".
Mas importa mesmo como os outros me tratam?
Importa mesmo como eu me trato. Foi isso o que eu percebi também, que eu não me tratava como devia. Tantos errinhos que parecem pequenos, assim, olhando de longe; mas se a gente parar pra ver, só tropeçamos em pedrinhas pequenas, não é mesmo? Então decidi começar a parar com as coisinhas pequenas: usar mais leggings, prender o cabelo e rir do jeito que eu quiser. Essas coisas, sabe? Que a gente acha bobeira, mas que no final fazem uma diferença enorme. E assim, todo dia, aos poucos, de passinho em passinho, a gente muda, se torna mais a gente e nem percebe.  

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Um dos mais lindos poemas




















Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Poema em Linha Reta, Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Molde



















A gente tem essa mania boba de substituir uma pessoa por outra, e achar que vai ficar tudo bem, né? Que é a mesma coisa. Coloca no lugar de um amigo de anos um colega que conheceu na padaria e é engraçado.  Mas não é. Cada pessoa que passa na sua vida te muda, te molda, te mostra. Ela acrescenta um ponto na sua vida, uma virgula ou até pontos de exclamação. Ou tudo junto! Ela te forma! Assim, colocando emoções e ensinando o caminho; talvez uma ponte para outro caminho..Uma incerteza.
Quando ela vai embora, esses pontos e virgulas e exclamações meio que vão com ela, te deixando mais vazio. Ou menos cheio. Um texto sem pausa sem separação de idéias sem sentido.
Acho que uma das maiores condenações da vida é a lembrança. Ficar recordando, mesmo quando não quer, é meio que uma das piores injustiças, pra mim. Tudo ali, na sua cabeça, pra te lembrar e trazer as memórias a tona. Aquelas que você tanto queria esquecer. Mas como esquecer uma coisa que te forma? Que te apoia? Que te alerta?! Mas que beleza seria ficar só com o conhecimento, mas sem a lembrança. 
Só quem sabe entenderá meus porquês. Saberá o porque dos meus atos e das minhas palavras soltas. Porque de ser tão fechada e de repente começar a falar sem freios com um estranho qualquer.
Sinto, que apesar de tudo, por melhor que eu fosse com os pontos e as vírgulas e as exclamações moldando-me, aprendi a ser texto sem sentido, sem forma e sem gênero; não ter final. 
Ser um fim sem ponto final

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Essência



























Quantas vezes eu achei que era o fim do mundo, e na verdade era o inicio de uma nova fase! A gente vive mudando de lugar, de opiniões e de atitudes. A verdade é que nascemos todos iguais, não é mesmo? Só escolhemos pra onde vamos e o que gostamos. Somos todos a mesma base.
Gosto dessa ideia de sempre estar mudando; eu amo mudar! Não gosto de sempre ser a mesma. Mudar meio que me faz acreditar que estou fazendo o certo, que estou evoluindo.
A única coisa que eu não quero que mude é a essência. Quero continuar rindo de tudo e amando chocolate. Quero aprender a dirigir também, mas não quero um carro...Quero viajar mas não quero mudar. Quero terminar a faculdade mas não quero ser professora; não de português.
Quero tudo, mas tudo do mais simples.
Significa muito mais pra mim alguém me perguntar como anda minha vida (de verdade, mesmo que seja meio raro..) do que elogiar meu cabelo, por exemplo. Não que eu não goste :)
Parecem loucuras minhas preferencias, mas amanhã elas podem ser outras. E eu não me incomodarei mais com isso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Post de Segunda: Um apanhado de coisas

Tô aqui bem feliz, pois eu já tinha preparado o post de hoje e não sei como eu apaguei tudo na hora de liberar e: to aqui escrevendo tudo de novo. Enfim, o post era de músicas e frases (ou uma só) (tinha outras também, só que esqueci onde guardei e são grandes demais para serem digitadas por moi e eu tenho trabalho pra fazer) que eu tenho "usado pra vida" durante esses dias.


Essa música me emociona demais! E pra entende-la direitinho, assista esse video.


Escuto essa música todo dia, é meio que um conforto ahaha

 Sem palavras.


 Aquelas músicas que você acha do nada, e só fica escutando, sem ligar pra letra.

"The Church isn't a museum for good people, but a hospital for the broken."


domingo, 1 de setembro de 2013

Lugar ao Sol



















Coisas de Praxe. Acho que esse nome descreve bem tudo o que eu posto aqui. Dia a dia. Todo dia parece uma montanha russa, né? Altos e baixos toda hora. Você só não pode olhar pro lado, só pra frente. Olha! Mais um túnel; tá tudo escuro. Opa, ali o final; tudo claro novamente, calor, vento e sorrisos. Não era o fim do mundo. De novo. 
Lá vem a descida. Opa, acho que perdi uma incerteza nessa curva. Ah deixa pra lá! A subida agora, tudo parece promissor, o frio na barriga e a promessa de um lugar alto, seu lugar ao sol. Não, era só um impulso pra você continuar indo pra frente, sempre pra frente. 
Desço do brinquedo; olho para trás. Montanha russa, mas que bela metáfora.